Década de 1940-1970: Foco na Saúde Física
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, já previa normas para prevenir acidentes, mas limitava-se a questões físicas.
Em 1978, a Portaria nº 3.214 instituiu as Normas Regulamentadoras (NRs), com destaque para a NR-7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), que priorizava exames clínicos e prevenção de doenças laborais físicas.
Em 1978, a Portaria nº 3.214 instituiu as Normas Regulamentadoras (NRs), com destaque para a NR-7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), que priorizava exames clínicos e prevenção de doenças laborais físicas.
Anos 2000: Primeiros Sinais de Mudança
A Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a alertar sobre o impacto psicossocial do trabalho, mas as legislações nacionais ainda não incorporavam a saúde mental.
2019-2022: A Virada para o Mental
Em 2019, a OMS classificou a síndrome de burnout como um "fenômeno ocupacional", pressionando países a revisarem suas políticas.
A virada ocorreu em 2022, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes internacionais para prevenir riscos psicossociais no trabalho, pressionando governos a atualizarem suas legislações – como fez o Brasil ao incluir a saúde mental na NR-1 em 2022." Isso mostra que a "relevância global" não é uma abstração, mas está ligada a ações concretas de organismos internacionais e mudanças legais recentes.
No Brasil, em 2022, a NR-1 (Disposições Gerais) passou a incluir explicitamente a saúde mental como parte das obrigações das empresas, embora sem regulamentação específica.
A virada ocorreu em 2022, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes internacionais para prevenir riscos psicossociais no trabalho, pressionando governos a atualizarem suas legislações – como fez o Brasil ao incluir a saúde mental na NR-1 em 2022." Isso mostra que a "relevância global" não é uma abstração, mas está ligada a ações concretas de organismos internacionais e mudanças legais recentes.
No Brasil, em 2022, a NR-1 (Disposições Gerais) passou a incluir explicitamente a saúde mental como parte das obrigações das empresas, embora sem regulamentação específica.
2025: A Regulação Efetiva da Saúde Mental no Trabalho
A atualização da NR-1 entra em vigor em maio de 2025, tornando obrigatória a avaliação e a gestão dos riscos psicossociais no ambiente corporativo. Pela primeira vez, as empresas precisarão mapear fatores como sobrecarga de trabalho, assédio, pressão por metas e relações interpessoais, adotando medidas concretas para mitigar impactos na saúde mental dos colaboradores.
Diferente das normas anteriores, que apenas mencionavam a importância da saúde mental sem fiscalização efetiva, a nova NR-1 exige documentação detalhada, monitoramento contínuo e auditoria para comprovar a conformidade. Empresas que não atenderem às exigências estarão sujeitas a sanções, fiscalizações do Ministério do Trabalho e ações trabalhistas, consolidando a saúde mental como um pilar da segurança ocupacional no Brasil.
A saúde mental no trabalho deixou de ser um tabu para se tornar uma questão de compliance e sustentabilidade empresarial. Embora o Brasil ainda esteja engatinhando na regulamentação, a tendência é clara: governos, empresas e sociedade precisarão investir em prevenção, diagnóstico precoce e ambientes inclusivos. Ignorar essa realidade não só ampliará custos humanos e financeiros, mas colocará organizações em risco jurídico e reputacional. A próxima década será decisiva para transformar discursos em ações concretas.
Fontes: Ministério do Trabalho, INSS, OMS, TST, IPEA.<//span>
A regra é clara:
Se sua empresa tem um CNPJ e empregados registrados,
precisa estar em conformidade com a NR-1.
Diagnóstico correto
Muitas empresas não possuem ferramentas adequadas para identificar e medir riscos psicossociais.
Implementação de soluções efetivas
Apenas oferecer benefícios como terapia e atividades de bem-estar pode não ser suficiente.
Falta de expertise interna
Equipes de RH e gestores podem não estar preparados para lidar com os novos requisitos da norma.
Acompanhamento e mensuração
É necessário documentar tudo, garantir a correta gestão dos riscos e manter a empresa em conformidade.
